![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_vwKmskadw9COzAsPH8uVuJB_kfVlNF429CG-Z0MxIcAEjTbYVAZyJkKhk7Kqjcu_sqLIfVsNfyEl1M9a3AopSjTy_VB9Yy2rTEkqayz_IL-Q8CiTiveEzAEPrw9C4C_XoqQZYE51xgtvmOTWw=s0-d)
Eu esperava um amigo. Parei o carro à sua porta e acendi um cigarro. Ainda a chama do isqueiro não tinha desaparecido, alguém batia no vidro do meu carro com grande violência. Não reconheci o rosto, abri um pouco do vidro e não tive tempo de dizer nada. A rapariga começou aos berros, que eu andava com o homem dela, que ela estava grávida, que me fosse embora e pardais no telhado. Depois abriu a porta do meu carro e mandou-me sair, porque tinha alguma violência guardada para mim. Continuei a fumar, mantive a calma, falei pausadamente. Deixei-a dizer-me tudo o que quis. Depois expliquei-lhe tudo o que havia para explicar. E ficámos as duas à espera do "amigo que anda comigo mas engravidou a outra". Foi bonito. Foi a cena mais vulgar onde me meti. Por não ter nada a ver comigo, porque aquela rapariga estava longe de ser uma mulher com amor próprio. E tive de partilhar um momento daqueles. Ai de mim! O "rapaz que engravidou outra, mas que dava em cima de mim" chegou.
- Toma conta da tua namorada!
E fui embora. O mais rápido possível. Tenho vergonha deste tipo de mulheres. Que se sujeitam a este tipo de situações e fazem figuras de ursas.